By Patrícia Lobo - quarta-feira, dezembro 29, 2010
Eu não estive lá, mas foi como se tivesse vivido aquele momento. Senti os risos de escárnio, a aproximação, o beijo e a doença. A beleza, a generosidade, o amor, passaram mesmo à frente dos meus olhos. Por momentos, voltei a ter fé em Deus e alcancei a vontade de ler a Bíblia.
O fim foi difícil de aceitar. E parecia não querer chegar. Havia sempre algo que me impedia. De alguma maneira, algo me distraía, e tinha de voltar ao início.
Por fim, ganhei coragem. Uma pequena lágrima soltou-se. Fechei o livro.
Portuguesa. Filha mais velha dos melhores pais do mundo. Mas, sobretudo, menina do papá. Romântica incurável, convicta de que é o amor que nos move. Licenciada em Matemática Aplicada, divido-me entre números e letras para me completar. Vinte e cinco anos, um metro e cinquenta e oito de altura. Sou muito mais do que aquilo que penso ser. Quero ser muito mais do que aquilo que sou.