Por Patrícia Lobo - domingo, abril 10, 2011
O jardim encontrava-se repleto de vida naquele dia caloroso de Verão. Os bancos de madeira voltados para o rio eram o elemento mais requisitado. Os senhores iam lendo o jornal do dia, enquanto suas esposas observavam a natureza em seu redor, os casais de namorados, sempre tão cúmplices, trocavam carícias naquele cenário romântico e as mães sorridentes, olhavam os seus filhos que brincavam na relva verdejante do jardim.
Na ponte que atravessava o rio, um rapaz bem-parecido parecia estar impaciente, como se esperasse alguém. Quando ao fim de algum tempo olhou para o relógio preto que trazia no pulso esquerdo, notei de imediato algo belo. A sua mão esquerda segurava uma rosa branca. Era de facto muito bonita. De repente, e em passos inquietantes, voltou a caminhar pela ponte, para lá e para cá. Pude notar nervosismo no seu rosto.
Aproximou-se da margem da ponte e olhou o seu reflexo nas águas calmas. Desta vez, senti tristeza e angústia. Porém, a minha atenção foi captada por um outro rosto. Uma jovem de cabelos longos pisou a ponte e começou a correr em direcção ao rapaz. Este ergueu a sua cabeça e um sorriso rasgado surgiu em seu rosto.
Os dois jovens olharam-se durante algum tempo, até que o rapaz estendeu a sua mão e entregou a bela rosa branca à jovem. Os rostos aproximaram-se e ambos se entregaram à liberdade do amor.
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