Não podes chegar de malas e bagagens sem avisar. Chegaste quando eu menos esperava e arrumas as malas quando mais preciso de ti. E desarrumas tudo à nossa volta. A minha vida, a minha mente, o meu coração. Não podes esperar que não me apaixone perdidamente por esse teu sorriso, de cada vez que regressas. Eu quero o teu melhor sorriso e que seja meu para sempre.
Cede-lhe a tua confiança e faz por merecer a dela. Dá-lhe todo o teu amor e, naturalmente, ela acabará por se entregar a ti. E nesse momento, descobrirás alguém que nunca pensaste existir dentro dela.
Somos donos de nossos actos, mas não somos donos de nossos sentimentos. Somos culpados pelo que fazemos, mas não somos culpados pelo que sentimos. Podemos prometer actos, mas não podemos prometer sentimentos. Actos são pássaros engaiolados. Sentimentos são pássaros em voo.
Fazes-me acreditar que existem coisas perfeitas. Que o amor, até ele pode ser perfeito, mesmo tendo todos os seus defeitos.
É que estou tão farta de pôr sempre todas as pessoas à minha frente e não cuidar de mim própria. Não é que não me preocupe, mas importo-me mais comigo, neste momento. Sinto que já me preocupei demasiado com terceiros e me esqueci de mim. Não quero voltar a fazer isso. Já sofri demais e, talvez por isso, me tenha tornado tão distante, ligeiramente fria, não deixando que se aproximem de mim. Não digo que esta seja a melhor forma de agir com as pessoas, que talvez até possuam verdadeiros sentimentos por mim, mas foi a melhor maneira que arranjei para me proteger. E sinto-me segura assim. E quando me disseram que tinha de aprender a lidar com todos os outros e que esses mesmos tinham de saber lidar comigo também, achei uma missão para lá do quase-impossível. O meu feitio não é dos melhores, por diversas razões que muitos pensam saber, apesar de não estarem nem lá perto e, sim, eu sou difícil, não posso fazer nada. Sou eu. E agora custa-me mudar por pessoas que podem nem vir a fazer o mesmo por mim. Não quero apontar o dedo, porque nunca conhecemos totalmente a essência de uma pessoa e ninguém nos garante que não nos irão surpreender, mas como disse, já sofri demasiado e não quero voltar ao mesmo passado. Têm de aprender a respeitar-me como sou. Já me desrespeitei o suficiente no passado para respeitar pessoas que não valeram a dor que senti, o aperto no coração, o querer o fim. Posso estar a ser egoísta, mas não vou voltar ao cúmulo do altruísmo.
Deitada no chão frio. Completamente despida de emoções. Não sinto nada. Apenas um frio medonho que me atravessa o corpo. Costumavam ser dois, mas agora estou só, desde que abandonaste este amor. Costumavam ser dois, os que se entregavam à paixão neste mesmo chão. Vestidos de emoções. Não sentia frio, contigo por perto. E agora que não estás, não sei ser. Não sei sentir.
Viajei no teu sorriso. Perdi-me no teu olhar. Encantei-me pelo teu jeito. Simplesmente, apaixonei-me por ti...
Escrevo aquilo que sinto e aquilo que quero e não consigo dizer(-te). Escrevo sobre ti. Por ti. Escrevo para ti, porque sem saberes me fazes feliz. Escrevo-te, porque venero esse teu jeito sincero. Escrevo-te. Tu és cada frase, todas as palavras, tudo...
Ser quem eu quero e não quem querem que eu seja. Isto não fazia sentido para mim. Pensava que fazia bem em ser uma pessoa que nunca gostei de ser, apenas para que de alguma forma se orgulhassem de mim, que não se desiludissem comigo. Sabem, cansei-me disso. Apercebi-me que a pessoa menos orgulhosa de mim própria, era eu. Que a pessoa mais desiludida comigo própria, era eu. Fui cobarde durante muito tempo. Magoei-me por isso.
Hoje, não me reconheço a mim própria. Por outras palavras, estou a conhecer alguém que sempre existiu aprisionado dentro de mim. Hoje, sou ainda uma mistura de duas personalidades totalmente distintas. Um dia, vou ser livre de todos os fantasmas do passado. Um dia, vou ser livre e nunca mais regressarei...
Não digas que o nosso amor não valeu a pena. Porque isso é dizer que não valeu a pena todos os momentos que passámos juntos. Cada loucura que cometemos. Cada escapadela romântica. Cada instante em que demos as mãos na rua para todos invejarem o nosso amor. Não digas que não valeu a pena todas as vezes que disseste que era para sempre e eu acreditei, apaixonada. Até para mim valeu a pena viver esta ilusão junto a ti. Não admito que digas que não valeu a pena, porque despedaçaste o meu coração e eu consegui seguir em frente. Valeu a pena, sim. Foi por este amor que eu cresci.
Escrever também é isto. É encarnar novas personagens em cada texto. É experimentar sentimentos em cada palavra. É uma forma de enganar a realidade com todas as letras.
- As tuas palavras soam tão bem. É bom ler o que escreves.
- Oh...
- Gostava que um dia escrevessem assim para mim.
- E quem te disse que já não o fazem?
Na hora certa, tomarei a coragem necessária para te dizer o quanto me fazes falta quando não estás comigo. O quanto o teu sorriso me faz bem. O quanto as tuas palavras me aquecem o coração. No momento certo, contar-te-ei todos os sonhos que tenho para nós e como desejo fortemente que se realizem. Mostrar-te-ei que amar-te é o melhor sentimento por mim experimentado. Dir-te-ei que valeu a pena cada segundo que esperei por ti. Valeu a pena cada segundo!
Preocupação excessiva. Demasiadas mensagens. Conversas diárias sem nexo ou contexto algum. Eu não quero isso. Eu queria apenas a tua amizade, mas tu não estás a conseguir ser mais do que alguém que não sabe respeitar limites. Alguém que não sabe parar, mesmo depois de o pedir educadamente para o fazer. Alguém que amua quando tenho de lhe pedir de uma forma mais amarga. Não mandamos nos nossos sentimentos. Percebe isso.
Não sou mais do que as cinzas do nosso amor. Não sou mais do que a recordação de uma chama intensa que se apagou na tempestade.
O meu coração dói por não te poder ver sempre que quero. Mas dói ainda mais ver-te e não te poder abraçar para sempre.
O que se passa? Tudo e nada ao mesmo tempo. É uma sensação de vazio, que de tão imenso que é, parece querer explodir a minha mente.
São mil e um momentos passados eternizados nestes pedaços de papel. Cada imagem vale mil e uma palavras, mil e um lugares, mil e um sorrisos. Faz-me bem acordar e olhar todos os dias para nós e para onde já estivemos e fomos felizes. De tanto recordar cada momento, sinto que foi ontem que estivemos na feira popular e que tirei a fotografia mais linda da cidade no topo da roda gigante. Sinto que foi ontem que passaste a mão na pequena fonte enquanto os raios de sol incidiam sobre a água. E quando todos tirámos aquela foto à beira-mar? Às vezes, sinto raiva por não poder reviver os melhores momentos, mais do que uma vez.
Percebe que não és tu quem eu quero para mim. Percebe que não te poderei dar mais que amizade. E, neste momento, até isso começa a estar em risco.
Somos só tu e eu. Ao olhar para trás vejo como foi fácil chegar até onde chegámos, até onde estamos agora. Quando retomo a minha posição, com os olhos postos no horizonte, tenho medo. Medo do que acontecerá, medo do que seremos dali para a frente. Será que chegaremos depressa a um lugar quente e acolhedor que proteja este nosso amor? Ou será que ainda temos de percorrer quilómetros e quilómetros, repletos de obstáculos, após uma esquina traiçoeira ao fim desta estrada. Dá-me a tua mão, não me soltes agora. Promete-me que a largarás apenas se algo maior que este amor se impuser perante nós. Ora, não sejamos ingénuos. Haverá sempre algo mais poderoso que o nosso "nós". Somos novos demais, inocentes demais e o fim pode estar mesmo à nossa frente e ser apenas uma pequena pedra na qual tropeçaremos, sem querer. Dá-me a tua mão e vamos concentrar em nós tudo aquilo que já vivemos juntos. Somos novos demais, inocentes demais e o fim pode nem sequer existir para nós.
Por vezes, preciso estar só para perceber o que se passa à minha volta. Preciso de estar a sós com os meus sentimentos, com as minhas emoções, com os meus pensamentos mais profundos para decidir o passo a dar a seguir. Não preciso de ninguém. Nesse momento, sou apenas eu, num monólogo acesso comigo própria. Sem querer ser rude: se não entendem, ao menos respeitem.
Coisas da vida, que acontecem sem estarmos à espera e que nos fazem perceber certas coisas e tomar certas atitudes perante as pessoas mais importantes que temos na nossa vida.
Mergulho. Permaneço submersa a escutar o silêncio dos mares. Deixo-me levar pela corrente e não mais vejo a linha de costa.