Sabes quando sentes que ainda tens tudo dentro de ti? Cada momento, beijo e sentimento. Por mais palavras que procure encontrar nenhuma delas será suficiente para igualar a força que tens em mim.
Sabes quando não consegues desatar o nó que se formou na tua garganta? Queres gritar, mas da tua boca apenas se ouve o silêncio constrangedor; aquele que causa toda a angústia da incerteza e não te deixa seguir em frente. Que não te deixa simplesmente explodir. Talvez seja apenas disso que preciso. Uma simples explosão e um recomeçar de novo.
Ainda sinto as tuas mãos no meu corpo quando fecho os olhos. Mas a recordação dos beijos parece a ponta de uma faca afiada, que me diz que tudo não passou de uma noite.
São duas da manhã, está escuro. Dói-me a cabeça e mais uma lágrima desliza sobre o meu rosto. É inútil tentar dormir enquanto o meu coração não se acalma por não te ter por perto.
É como se as lembranças fossem apenas mais um sonho; mais um daqueles que me ilude todas as noites. Questiono-me a cada instante se tudo aconteceu mesmo. E de cada vez que o faço, sinto os teus lábios procurarem a minha pele. Sinto-os contra a minha testa, beijando-a com toda a ternura. E mais uma lágrima surge porque foi nesse momento que fizeste com que acreditasse em tudo. Todos os sentimentos e sensações. Em tudo aquilo que não (me) consegues dizer. Tudo, concentrado naquele beijo. E como eu adoro beijos na testa...