Ser superior. É arrancarem-nos o coração do peito e não gritarmos de dor. É retirarem-nos o chão debaixo dos nossos pés e, mesmo depois de nos partirmos em mil pedaços, voltarmo-nos a erguer.
E enquanto todos procuram alguém para apontar o dedo, são os superiores que vos ultrapassam. Eles não querem saber de quem é a culpa. Não têm a necessidade de criar desculpas para o que em redor deles acontece. Simplesmente, seguem em frente. O que, por sua vez, não significa esquecer. Tudo o que nos é oferecido, de bom ou mau, fica em nós. Também não é rancor. É o desgosto de um golpe que nos faz sangrar.
Mas, quando somos consumidos tantas vezes pelo mesmo motivo, chegamos a um determinado ponto da nossa existência em que repensamos em todos os momentos que isso nos magoou. É aí, nesse patamar da vida, que abraçamos essa causa e nos juntamos a ela e, de uma forma ou outra, esta deixa de nos atingir. É onde estou agora.
Palavras rudes, não me atingem. Gestos que tanto apreciava que existissem, não me enchem os olhos de lágrimas. Estou bem assim; sem alguém que nunca precisou verdadeiramente de mim.
Sou eu, por mim.
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