Nem sei se devia dirigir as minhas palavras para ti, mas hoje, fui assaltada por memórias cruéis. Foste o autor de cada uma delas. E eu fui fraca por tê-lo permitido. Não sabia que o amor era beijos na testa ou palavras delicadas. Contigo o amor era bem diferente. Era a tua mão marcada na minha cara ou palavras implacáveis.
Lembro-me que chorava todos os dias. Pela dor física que me causavas, mas sobretudo por te amar e ao mesmo tempo querer que desaparecesses da minha vida. E eu só pensava: Que tipo de mulher sou eu? Não conseguia responder a essa pergunta, porque contigo, deixei de me sentir mulher, para me passar a sentir um objecto inanimado nas tuas mãos.
Sofri, até perceber que eu merecia mais e tu não merecias nada.
Sofri, até perceber que eu merecia mais e tu não merecias nada.
Hoje, faz exactamente dois anos que te abandonei. Fiz as malas e sai pela porta da frente, de cabeça erguida, decidida a não ser mais um instrumento para teu deleite e entretenimento. Não conhecia a liberdade e, nesse mesmo instante, dei de caras com ela.
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2 comentários
amei o texto. voce escreve muito bem <3
ResponderEliminarseguindo
https://dose-of-poetry.blogspot.com.br/
Obrigada pelas palavras e pela visita!
EliminarBeijo
Muito obrigada pela visita! Estou ansiosa por ler o teu comentário.
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