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«Home is where the heart is». E o meu coração tem tantas casas. Umas longe, outras bem perto de mim. Sinto-me em casa dentro das quatro paredes que formam o meu ainda jovem lar. Sinto-me em casa quando me sento no meu sofá a ler um livro ou a ver um filme na Netflix. Sinto-me em casa na casa onde me levanto todas as manhãs e adormeço todas as noites. Sinto-me em casa, na casa que comprei para iniciar a minha vida a solo.
Sinto-me em casa quando estou de regresso à minha aldeia. Sinto-me em casa quando chego a casa dos meus pais, onde cresci. E não há nada melhor do que regressar onde tudo começou, desde que me lembro que sou gente.
Já não me sinto em casa quando vou a casa da minha avó. Dantes sentia-me em casa, mas ela agora não está mais lá. Ela era a minha casa naquela casa. Mas já não sinto o cheiro dela quando entro pela porta. E eu sei que me sinto em casa quando sinto cheiros que me trazem lembranças boas. Ela continua a ser um dos meus cheiros preferidos. Ela continua a ser uma das minhas casas favoritas.
Sinto-me em casa em abraços confortáveis. Sinto-me em casa quando estou com as pessoas que mais amo. Ou quando penso nelas, porque não as posso ver. Também me sinto-me em casa quando me recordo de sítios por onde passei e onde deixei um pedaço de mim.
O meu coração tem tantas casas. E eu sinto-me em casa em cada uma delas!
Este texto faz parte do Desafio 1+3