Por Patrícia Lobo - segunda-feira, dezembro 19, 2011

Eu não sei quantas vezes te vais matar até eu cair. Eu não sei quantas vezes vais fugir para não voltar. Eu não sei qual das fugas iguais será excepção. E talvez um dia seja eu a largar a mão. Eu quero ver quantas vezes me vais ferir até ganhar. Quero saber se o que vem te dá razões para confiar, e entender que eu te sei sarar, te sei fazer feliz. Hoje vou-te querer roubar outra vez. Hoje vou-te querer provar outra vez. Vem viajar e ficando pra depois, os dois. E ninguém te vai prometer que é para sempre a paixão. E ninguém te vai jurar que é o fim da solidão. Mas eu não te sei apagar sem que possas entender: o que o acaso nos mostrou a razão fez esquecer. Porque eu sei que existir ao pé de ti é bem melhor. Eu sei que depois da tempestade vem azul. Eu já sei de cor o espaço do teu corpo para mim. Hoje vou-te querer roubar outra vez. Hoje vou-te querer provar outra vez. Vem viajar e ficando pra depois, os dois. Eu não sei quantas vezes te vais matar até cair. Mas se é tão fácil escurecer e tão simples eu fugir. Hoje vou-te querer roubar outra vez. Hoje vou-te querer provar outra vez. Vem viajar e ficando pra depois, os dois.

Tiago Bettencourt - Os Dois

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