Por Patrícia Lobo - domingo, outubro 14, 2012

Passaram-se quatro estações e, pela primeira vez, não senti toda aquela necessidade letal de te envolver nos meus braços, como uma criança abraça o seu peluche favorito. O meu corpo limitou-se a manter a distância suficiente para que trocássemos frases banais e fumássemos o nosso cigarro debaixo do pequeno alpendre. Mas, durante os poucos minutos que permanecemos lado a lado, o meu olhar obrigou-me a contemplar o teu ser e, dei por mim a questionar-me sobre o verdadeiro amor - será que ele morre de um dia para o outro? Concluí que talvez este amor esteja apenas adormecido para que eu consiga ser feliz noutro lugar.

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