Questiono-me, a cada pôr-do-sol, se serás a pessoa certa. Corações não pensam. O meu não é excepção, mas também não sabe sequer o que sente. A mesma confusão de sentimentos de sempre. A mesma incerteza me percorre.
Dá-me um pouco mais de ti.
Deixei de acreditar nesse teu amor. Esse amor que te dá murros em vez de borboletas na barriga; que te mata em vez de te renascer. E a cada dia, um pouco mais de ti se vai perdendo. Um pouco mais de ti se torna irreconhecível aos meus olhos. Negra, a alma de um ser outrora possuidor de luz própria. Como te perdeste? E como é que eu não estava lá para te impedir? Desculpa, mary.
Sentia a relva fresca a cada passo e inalava o cheiro de primaveras passadas. Invadiam-me o rosto partículas de vento e felicidade enquanto relembrava quem me pertenceu um dia, sem mesmo nunca me ter pertencido.
Longe estão os sentimentos que um dia assaltaram o meu coração. Perto estão as memórias que fizeram reviver a minha alma.
É por isso que sorrio quando recordo a curva perfeita dos teus lábios. E, hoje, eu sei o que significa amar eternamente; mesmo que não volte a ser primavera.
Queres ser feliz? Então luta por ti própria, foda-se!
O tempo passa e o que achei demais um dia, tornou-se vital para que sorrisse a cada amanhecer. Tudo o que acreditei que nunca teria, tu soubeste como me dar. Não há implicância mais amorosa, nem confiança tão calorosa como a nossa. E seja de que maneira for, eu sei que fomos feitos um para o outro.
Sentes aquilo que sinto? Diz-me que sim. Diz-me que pegarias fogo aos nossos corpos só para mais tarde renascermos unidos. Diz-me que reinventarias o amor para consertares o meu inútil coração. Diz-me que sim; que farias tudo isso por mim.