Eu achava que era louca por ti.
Em toda a minha inocência, deixei que te aproximasses e me fizesses sentir aquilo que queria exactamente. Não pensei nas repercurssões dos meus actos. Lembro-me dos dias cinzentos que trouxeste para mim e das pessoas que magoei por me ter iludido. Não te culpo. Era eu que segurava a arma. Era eu que tinha o dedo no gatilho. Fui eu que disparei contra quem não devia.
Porque eu achava que era louca por ti.
Contradisseste-te tantas vezes em acções e palavras. Ficavas comigo, mas pensavas noutra. Pensavas noutra, mas, no fundo, estavas comigo. No meio de tanta confusão, achei que tínhamos um futuro juntos. Achei que seria capaz de te conquistar por completo. Estava redondamente enganada. Não eras tu que merecias ser conquistado. Simplesmente, era eu que devia seguir o meu caminho, sozinha.
Quando percebi isso, não era tarde demais. Porque nunca é. Mas foi uma altura de mudança. Mudança essa que me tornou alguém mais feliz. Alguém que, agora, sabe reconhecer o seu valor. Alguém que, em todo o seu esplendor, sabe que merecia muito mais do que aquilo que lhe tinhas para oferecer.
No fundo...
Eu achava que era louca por ti. Afinal, só era louca porque te queria.
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