De entre tudo o que já ouvi sobre o amor, o que mais me intriga é a sua procura. Dizem-me que a melhor forma de procurar o amor é, justamente, não o procurar.
Pois bem, a melhor forma de procurar o amor – digo eu – é deixar que ele aconteça, como acontecem os dias, sem que para isso tenhamos que pedir que mais um venha. O amor vem sim, mas é necessário que, no mínimo, dele estejamos à espera. Se não estivermos na estação é bem possível que, chegado aí, ele se meta na carruagem e parta de novo, sem que nunca saibamos que um dia ele aí esteve.
A verdade do amor – e toquem os sinos, cantem as crianças afinadas – é que não somos nós que o procuramos, é justamente ele que nos encontra...
Ninguém morre por amor, não é? Mas achas que temos de aceitar algo que não gostamos? Achas que temos de aceitar que a pessoa que amamos possa ser feliz com outra pessoa? Temos não é... Se não era egoísmo. Mas, achas que vale a pena continuar a lutar? Vale a pena esperar? Que o nosso dia chegue?
Se tiver de ser, será. Por isso, continua a lutar até ao fim, mesmo que não saibas até onde terás de ir para o encontrares. Porque valerá sempre a pena esperar por quem nós amamos. Mesmo que essa pessoa já tenha encontrado a felicidade noutro coração. Porque quem ama de verdade, nunca desiste. Não por vontade própria. E porque amamos, também devemos aceitar o bem dessa pessoa, a sua felicidade. Porque... Se tiver de ser, será. E quem sabe se não é amando essa pessoa que acabarás por te deixar conquistar por outra que te fará bem mais feliz? Que te dará bem mais; que te quererá bem mais; que te amará como nunca ninguém amou...