Das coisas giras #3 - Nova paixão
By Patrícia Lobo - quinta-feira, janeiro 22, 2015
Há uns dias atrás, neste post, apresentei-vos o meu miminho Oliver. Mas, eu quero que a família cresça! Neste momento, estou a ponderar adoptar/comprar duas ratazanas domésticas. Para quem não sabe, as ratazanas são bastante inteligentes e sociais e são óptimos animais de estimação! Tenho feito imensas pesquisas sobre o assunto e cada vez mais me convenço de que são a minha nova paixão!
E vocês, têm alguma ratz ou conhecem alguém que tenha?
Ser superior. É arrancarem-nos o coração do peito e não gritarmos de dor. É retirarem-nos o chão debaixo dos nossos pés e, mesmo depois de nos partirmos em mil pedaços, voltarmo-nos a erguer.
E enquanto todos procuram alguém para apontar o dedo, são os superiores que vos ultrapassam. Eles não querem saber de quem é a culpa. Não têm a necessidade de criar desculpas para o que em redor deles acontece. Simplesmente, seguem em frente. O que, por sua vez, não significa esquecer. Tudo o que nos é oferecido, de bom ou mau, fica em nós. Também não é rancor. É o desgosto de um golpe que nos faz sangrar.
Mas, quando somos consumidos tantas vezes pelo mesmo motivo, chegamos a um determinado ponto da nossa existência em que repensamos em todos os momentos que isso nos magoou. É aí, nesse patamar da vida, que abraçamos essa causa e nos juntamos a ela e, de uma forma ou outra, esta deixa de nos atingir. É onde estou agora.
Palavras rudes, não me atingem. Gestos que tanto apreciava que existissem, não me enchem os olhos de lágrimas. Estou bem assim; sem alguém que nunca precisou verdadeiramente de mim.
Sou eu, por mim.
Se pensar no último momento em que fui realmente feliz, consigo dizê-lo em menos de um segundo. Mas saber que esse momento já foi há muito tempo atrás, deixa-me preocupada. Estou habituada a ser uma pessoa pouco feliz; são raros os momentos de felicidade, pois nunca nada foi suficiente para que a minha alma permanecesse sorridente. Houve sempre um dia menos bom, um golpe profundo, uma cicatriz que me tornou vulnerável.
Se pensar no dia de hoje apenas sei que a chuva ainda cai lá fora e que o dia foi demasiado deprimente por ter estado a estudar para os próximos exames.
E o meu coração? Onde anda aquele sofrimento de um amor não correspondido ou a ilusão de uma palavra mais ousada? Não existe vontade. Não existe dedicação. Nem sequer sei onde encontrar a necessidade de querer algo que nunca terei. Talvez tenha desistido.
E, por fim, cheguei a uma brilhante conclusão. Tropecei num insuportável impasse. Já não sei escrever. A minha mente já não sabe traduzir em palavras o que estou a sentir. E é esta dedução que me faz questionar: será que ainda sinto?
"Guardo-me para os amanhãs que muitas vezes não vivo. Desperdiço-me nos amanhãs que sem eu esperar me consomem. Sonho para me salvar naquilo que ainda não sou. Vivo para realizar aquilo que ainda não sei."
Guilherme, em A Ilha de um homem só.